Tuesday, August 29, 2006

Words

As palavras são essenciais.
Palavras escritas, faladas, sussurradas, cantadas…palavras essenciais para a comunicação. Sim, mas tão perigosas que são as palavras. Têm o poder de esclarecer ou iludir, apoiar ou menosprezar, amar ou magoar. Platão deu três sentidos às palavras: remédio, veneno e cosmético, quão perigosos estes sentidos das palavras, quando usadas incorrectamente.

O veneno das palavras, é para mim desconcertante. A forma velada como actua este veneno, onde muitas das vezes, somos nós que o bebemos de livre vontade. Um veneno que seduz e nos faz estar fascinados no que ouvimos, fazemos e sentimos. Acreditar no que não existe.
Assim, parece que, já não irei mais em palavras. A veia sensorial que conecta o canal auditivo com o processamento emocional cerebral está estrangulada. Aconteceu, quando desapareceu a raiva.

Todas as pessoas têm as suas conjunturas pessoais, contradições, dúvidas, ilusões, inaptidões emocionais, falsas certezas e modos vivendo. Como saber se as palavras que proferem são as sinceras ou se ocultam verdades?
Palavras, têm-las qualquer um.

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Soltar palavras é fácil. O problema é evitar que elas, descontroladas, disparem contra quem as soltou...

10:00 PM  
Anonymous Anonymous said...

As palavras são realmente essencias para nós.Portanto a nossa mente acha que sempre émais fácil correr e lutar pelas palavras porque assim tem alguma coisa para fazer.
Se dissermos à mente: "não faças nada" isso é a coisa mais difícil.
chego a conclusão que muitas das vezes a tal sinceridade e a verdade oculta é pela conduta utilizada.

adorei o teu texto

bjinhos deste curioso visitante e de certeza que farei um link ao teu blog,até mais...

2:38 AM  
Anonymous Anonymous said...

E as palavras não escutadas ? Aquelas que a todo o momento esperávamos ouvir e cuja ausência nos fazem perguntar, afinal quem são estas pessoas que nos rodeiam e que deixam por dizer o mais importante ? Irão elas para a mesma caixinha das palavras que calamos na nossa garganta com receio de ferir os outros ? Ou será com receio de mais tarde nos virmos a arrepender de as ter dito ?

7:56 PM  
Anonymous Anonymous said...

Palvras que nos fazem felizes, mas também nos fazem sofrer, ora por não terem sido susurradas ao nosso ouvido quando mais precisavamos, ora por não sermos capazes de as deitar cá para fora na (in)certeza de fazer outro alguém feliz... quem entende as palvras?! Eu não...

8:54 PM  
Anonymous Anonymous said...

E as palavras escritas? Tens razão, tudo é ficção ou, como dizia Mário de Sá Carneiro, "tudo o resto é literatura".

6:04 PM  

Post a Comment

<< Home