Tuesday, December 18, 2007

As crónicas continuam aqui ...

Saturday, August 04, 2007

Gucci Frederica e Calvin Frederico Terras de Aragão




Em primeiro Gucci a Weimaraner de 9 meses, em segundo Calvin o Weimaraner de 3 meses!







Sunday, June 03, 2007

Barco parado não faz viagem


Creio que foi o suficiente. Durante alguns meses andei ao sabor do vento, à vontade do plano. Resumindo, andei à mercê de um destino desconhecido.
Urra Urra!
Hip Hip!
Também não resulta!
Apesar de toda a não felicidade, há um grande contentamento.
Foram um sei quantos de anos a seguir as regras básicas sem sucesso. Na altura em que dou o beneficio da duvida, na altura em que dou uma oportunidade ao “laissez faire”, ao deixa andar, ao “go with the flow” a verdade é que – tal como eu suspeitava – as coisas não correram melhor. Tive, porém, a mente mais aberta possível e disposta a aceitar onde os meus passos me levavam. E, mesmo assim, não me levaram onde eu queria estar.

Não quer dizer que não me tenham levado mais perto.
Isso é outra coisa. Bem diferente, aliás.

Talvez seja por teimosia.
Por talvez não querer dar a mão à palmatória ao nunca ter aceite o desafio de ter tomado o risco de ir ao sabor do vento.

Sempre vivi com a certeza de que somos nós que fazemos o nosso destino, e na maior parte das vezes, nascemos com ele. Caso queiramos lançar a nossa vida em frente, sempre fui da opinião de que temos que jogar os dados, o peão da nossa própria vida.
Viver o dia a dia ao sabor do vento onde não somos nem tidos nem achados nos eventos da nossa vida, onde vamos caminhando pelo o que é mais óbvio, nunca foi a minha forma de vida. E eu julgava que poderia estar errada. Mas, não estava. Não estou.

Deixei ir-me na corrente do rio. Tranquilamente. Confesso.
No entanto acontece sempre aquele tal momento, em que sabemos que rio por rio, preferimos caminhar pela margem. Mesmo que o caminho seja mais sinuoso, mesmo que deixemos para trás uma réstia de conforto e aconchego emocional.

Cresci imenso neste último ano.
Sinto-o, não nos meus ossos, mas no meu coração, no meu ser, naquilo que me é mais essencial.
Percebo tão muito mais sobre certas coisas, compreendo outras mais. Acima de tudo, vivo o meu ser de uma forma muito mais verdadeira e compreendo cada vez mais o que sou, como sou. Acima de tudo isso.

São as coisas que mais nos podem fazer sofrer, aquelas com as quais mais aprendemos e evoluímos. Tudo o resto são apeadeiros no caminho desta vida que temos que viver. Em doce reverso da medalha… também esses são os momentos que mais felicidade nos trazem. Doce e amargo, prisão e liberdade, dor e felicidade … como uma qualquer história de amor eterna.

Sunday, September 10, 2006

God´s Plan

Há quem diga – no desconforto ou na insatisfação – que todos fazemos parte de um plano de Deus. Algo acontece ao contrário do que desejamos e justificamos para consolação de que tudo faz parte do tal plano de Deus. Um plano que desconhecemos e cujos detalhes e objectivos, apenas o tal Senhor conhece.

De alguma forma (para a minha maneira de ser) é intrinsecamente conflituoso aceitar a teoria do tal God´s plan.

Sempre acreditei e vivi com a convicção de que somos responsáveis pelo bom e pelo mau que nos acontece. Pelos sonhos não realizados, pelos projectos concretizados ou pelos amores não vividos. Podia até nem ser verdade, mas acreditava que tudo dependia de mim e da minha força de ver as coisas acontecerem. Ou não.
Sempre pensei que tinha a capacidade para criar o meu futuro, verdade ou não, numa inocente ignorância, estas minhas mãos, aquelas minhas acções levavam-me onde eu queria.

Not anymore.
Não quero dizer que vou deixar de lutar pelas coisas que quero, deixar de sonhar os sonhos tangíveis e empenhar-me nos meus projectos. Não obstante, há coisas que realmente não podemos forçar. Não podemos pegar nelas e coloca-las nas posições que achamos correctas para satisfazer a nossa vida, existência e realização pessoal. Há coisas com as quais não podemos interferir e uma das mais importantes é com o livre arbríto de cada pessoa, com as decisões das pessoas com as quais nos envolvemos e relacionamos.

O que fazer então?
Esta é uma boa altura, para entrar em cena a tal teoria do plano de Deus.
Porque, vamos nos resignar à nossa insignificância e admitamos de que realmente não controlamos o nosso destino. Não quer dizer que esteja já tudo delineado e projectado par ser concretizado sem falhas ou atalhos ou sideways. Claro está que as coisas nem sempre - diria mesmo raramente - nos seguem de feição e ... mais uma vez… o que fazer?

O que fazer a um amor que não conseguimos abandonar? Trabalhamos, bloqueamos, libertamos as emoções, os desejos e os impulsos mas tudo se desmorona em nosso redor quando enfrentamos, frente a frente, cara a cara, olhos nos olhos o sujeito do nosso amor mais puro e verdadeiro, mais intenso e gratificante.
O universo fica minúsculo e não temos como controlar o coração que dispara para 125 pulsações por minuto e nos faz sentir o sangue a arder nas veias, a pulsar no cérebro e flashes de memórias atordoam-nos o equilíbrio, choques de desejos futuros fazem-nos esconder o olhar, o ar falta silenciando as palavras… que ficam dentro da boca, rentes aos lábios sequiosos de mais mel.

....Sometimes I play our song over and over on my head, recall her words, I see again and again her devoted look and I cannot feel but hopeless before this love that caught me like no other. There was nothing left do fulfil. No fantasy, no music, no stone left unturned. No feelings were left behind, it was just like I have always imagined, dreamt, wished… And a bit more.

I am not a fool.
Things like these do not happen twice in one’s life.
I’m not that sort of optimist.

Either, am I, the sort of lover to be content with second best. If I’m not with the choice of the heart and soul, I cannot be with anyone else. I tried. I failed and hurt myself in between ....

Por vezes há que apenas esperar antes de fazermos a nossa movida. Não quer dizer que não tenhamos acção ou poder de intervir na nossa vida. Mas temos sem dúvida alguma, que ver qual a peça do xadrez que Deus joga lá no seu plano e depois fazermos apenas aquilo que achamos mais correcto e verdadeiro. Assim não se pode errar.
Levar o dia a dia como nos aparece, sem grandes entusiasmos ou eufórismos é praticamente impossível. Pelo menos para mim. Não sou desse tipo de pessoas que consegue racionalizar, pensar e ímpetos insensíveis. Conseguiria ser diferente? Provavelmente, se o quisesse verdadeiramente. Mas será que o quero?

Viver a vida naquele estado de Euthymia onde não existem montanhas russas emocionais. Onde está o prazer nisso? Onde está a vida, onde é que excedemos os nossos limites se não nos extremos?

Eu já fiz a minha jogada. Um peão deslocou-se para o lado. Não tenho forças para avançar, mas estou alerta, atenta ao tal plano de Deus. Quero ver onde é que me leva o dia de hoje … e longe de mim interferir com o que aconteça.

Tuesday, August 29, 2006

Words

As palavras são essenciais.
Palavras escritas, faladas, sussurradas, cantadas…palavras essenciais para a comunicação. Sim, mas tão perigosas que são as palavras. Têm o poder de esclarecer ou iludir, apoiar ou menosprezar, amar ou magoar. Platão deu três sentidos às palavras: remédio, veneno e cosmético, quão perigosos estes sentidos das palavras, quando usadas incorrectamente.

O veneno das palavras, é para mim desconcertante. A forma velada como actua este veneno, onde muitas das vezes, somos nós que o bebemos de livre vontade. Um veneno que seduz e nos faz estar fascinados no que ouvimos, fazemos e sentimos. Acreditar no que não existe.
Assim, parece que, já não irei mais em palavras. A veia sensorial que conecta o canal auditivo com o processamento emocional cerebral está estrangulada. Aconteceu, quando desapareceu a raiva.

Todas as pessoas têm as suas conjunturas pessoais, contradições, dúvidas, ilusões, inaptidões emocionais, falsas certezas e modos vivendo. Como saber se as palavras que proferem são as sinceras ou se ocultam verdades?
Palavras, têm-las qualquer um.